Em um hipotético universo paralelo, marcou-se uma partida de futebol entre o poderosíssimo Ypiranga, da Bahia contra um tal de Barcelona, time da Espanha, que ainda contava com um ataque composto por Suarez, Neymar e Messi.
Em compensação, o amarelo e preto da Boa Terra contava com Tonhão, Biriba e Cabuloso.
A partida foi tão épica que terei que narrar em forma de rima, para que fique tão bonita a narração quanto foi o jogo.
5 minutos – Mal começou e Messi já marcou.
Um a zero para o Barcelona.
7 minutos – Nem deu para respirar e já saiu um de Neymar.
Dois a zero.
15 minutos – Aconteceu outra vez e tome gol do Suarez.
Três a zero.
23 minutos – Não foi por acidente, Messi marcou novamente.
Quatro a zero.
28 e 29 minutos – Vou falar para vocês, Messi marcou o cinco e o seis.
Seis a zero.
37 minutos – Onde isso vai parar? Outro gol de Neymar.
Sete a zero.
42 minutos – O Barça puxou o freio de mão e Suarez fez mais um gol Catalão.
Oito a zero.
45 minutos – Para terminar o primeiro tempo, Messi marca mais um tento.
Nove a zero.
Após o término da etapa inicial, os jogadores do Ypiranga saíram cabisbaixos mas, em entrevista à beira do gramado, Cabuloso mostrava otimismo:
- A equipe não se portou bem no primeiro tempo mas, tenho fé que com as orientações do professor no vestiário, voltaremos mais focados e, com fé em Deus, revertermos esse resultado e traremos alegria para nossa imensa torcida aqui presente.
Não se sabe o que o treinador falou no intervalo mas, o segundo tempo começou e eu, continuarei minha humilde narração desta histórica partida, em forma de rimas.
11 segundos – O jogo recomeçou e Messi, com bola e tudo, no gol entrou.
Dez a zero.
8 minutos – Em jogo franco e aberto, gol até de Sergi Roberto.
De quem? Bom, está 11 a zero.
13 minutos – Batendo nas duas traves, teve gol de Daniel Alves.
12 a zero.
18 minutos – Agora ou dá ou desce, outro gol de Messi.
13 a zero.
De 20 a 40 minutos – É tanto gol que nem vou narrar: 3 de Messi, 2 de Suarez e 1 de Neymar.
19 a zero.
E foi aos 41 minutos que aconteceu o lance mais importante de toda a partida: Tonhão caiu na área, no primeiro e único ataque do glorioso Ypiranga e pediu pênalti.
O juiz marcou, o bandeira anulou e o lance foi para o famigerado VAR. Depois de seis minutos de análise, chamam o juiz até a telinha e ele, após mais oito minutos de revisão, valida o pênalti. Pênalti para o Ypiranga!
Cabuloso pega a bola e caminha lentamente até a marca do cal.
Toma distância, respira fundo, corre, bate e...
Defesa do goleiro!!!
Mas, no rebote, Tonhão chuta e faz o gol!
Mas, novamente o juiz é chamado pelo VAR.
Expectativa no gigante estádio da Vila Canária. Cinco minutos de análise e o juiz volta ao campo fazendo sinal de TV quadrada e... Anula o gol!
Revolta no time baiano e, na saída de bola, o jogo acaba.
Na entrevista fora de campo, um revoltado Cabuloso esbraveja nos microfones da Globo:
- Um absurdo o que aconteceu aqui! Fomos claramente prejudicados pelo VAR e por esse juiz tendencioso. Tudo isso para fazer a fama desse timinho europeu. Nossa equipe se mostrou muito superior.
Vale lembrar que, anos depois, Cabuloso foi internado com sérios problemas mentais.
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