Nomes são coisas interessantes.
Somos batizados pelos nossos pais, carregamos estes nomes a vida toda e sequer somos consultados sobre se gostamos dele ou não.
Conheço pessoas que abominam seus próprios nomes de batismo e usam outros que não tem nada a ver.
Já vi pessoas que são conhecidas unicamente pelos seus apelidos e outras que trocam os nomes pelas mais diversas razões.
Ouvi até falar de pessoas que processaram os pais por terem colocados nomes que deixavam os filhos constrangidos.
Conheci uma Maria das Dores que estava sempre saudável e uma Maria da Saúde que só vivia doente.
Já vi uma Margarida alérgica a cheiro de flores e uma Rosa que nunca colheu uma rosa por medo de se furar nos espinhos.
Certa vez, soube de um João de Deus que era ateu.
Um Natalino que odiava o Natal e amava o São João, e um Junino que detestava o São João e adorava o Carnaval.
Conheço um José que tem esse nome porque nasceu no dia de São José, mas é devoto de São Pedro.
Tinha uma freira que se chamava Maria dos Prazeres. Constrangedor.
Conheci uma prostituta chamada Inocência.
Ana Valente, que era famosa por sua covardia.
Tem um Carlos Machado, ambientalista que nunca cortou uma árvore sequer em toda sua vida.
Jocélia Guerra, militante pacifista e Marcos da Paz que só vive com a cara quebrada por se envolver em brigas.
Tive um patrão muito mal-humorado que se chamava Rino.
E não para por aí:
Tem o Marcelo Ferrari, que morreu sonhando ter um carro desta marca mas, só conseguiu um Fusca, coitado.
E o Sidney Bahia que torce pelo Vitoria?
A Cecilia Pontual só vivia chegando atrasada.
Já o Saulo dos Anjos, tanto fez que só pode ter ido para o inferno.
Conheci um Roberto Carlos que era um péssimo cantor.
Fátima salgado sofria de hipertensão e não podia comer sal, enquanto Patrícia Mel era uma pessoa muito azeda.
Conheci um Almir Pernambuco que nasceu na Bahia e um Thiago Carioca nascido em São Paulo.
Mas, o caso mais interessante que já vi na vida foi o de um amigo meu conhecido como Zequinha. Aconteceu que descobri que o nome dele na verdade era Álvaro. Intrigado, perguntei porque seu apelido era Zequinha se seu nome, Álvaro, nada tem a ver com Zeca.
- Ah, sou Zequinha por causa de meu pai. Todo mundo chama ele de Zeca.
- E o nome dele é José? Porque, todo Zeca é José...
- Não, não. O nome dele não é José.
- E como é o nome dele?
- Álvaro.
Pedi outra cerveja e deixei o assunto pra lá.
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