Uma exigência que minha mãe sempre me fez, foi a de ter responsabilidade em tudo que eu faço.
Isto nunca me foi colocado como qualidade e sim, como obrigação.
Mas, colocando minha querida mãezinha à parte, existiu em minha vida uma outra entidade que, mais que ninguém, me ensinou a importância do senso de responsabilidade em minha vida.
Acredito que você, meu querido leitor, vai estranhar e até mesmo rir quando eu contar quem é esse cara que deu um exemplo e, porque não, um ensinamento tão importante e sábio.
Esse sujeito está completando exatos 58 anos no dia de hoje, e atende pelo nome de Peter Parker.
Sim, o famoso Amigão da Vizinhança, conhecido por Homem-Aranha é, sem dúvida, a influência mais marcante que tive na vida.
E, sendo o aniversário do personagem e, pesando sua importância em minha formação como pessoa, o assunto desta Crônica não poderia ser outro.
O Homem-Aranha é conhecido mundialmente como o mais humano dos heróis, tendo histórias que já arrancaram lágrimas de muito marmanjo, o cara azarado que mantém sempre o bom humor como sua grande e melhor arma, o nerd feio e sem graça que consegue namorar com belas mulheres mas, acima de tudo, um cara movido pela imensa força de vontade e por um imenso senso de responsabilidade. Um cara que é atormentado pelas consequências da única vez em que foi irresponsável em toda sua vida.
E, as consequências foram severas: a perda do homem que o criou como um filho, mesmo sendo seu tio, e não seu pai. O homem que o ensinou que “ com grandes poderes vem grandes responsabilidades”.
O fato é que, por ser tão humano e responsável, o personagem se torna inspirador, e sim, um exemplo a ser seguido.
Mais que a ficção de um impossível poder de simular as habilidades de um aracnídeo, o lado humano é o que atrai, fascina e inspira.
Sempre que me deparo com uma tentadora situação de “ jogar tudo pra cima”, vem à minha mente a frase lema do herói, que se repete até que eu abandone o pensamento e volte a agir de forma responsável.
“Com grandes poderes vem grandes responsabilidades...”
É óbvio que não sou louco e sei que não tenho superpoderes e nem as habilidades de uma aranha ( e nenhum outro, a não ser os poderes de beber uma grande quantidade de cerveja sem ficar bêbado e o de comer muitas coxinhas e manter o colesterol surpreendentemente controlado).
Mas, eu e todos os outros seres humanos que habitam este pequeno globo azul, temos sim poderes.
Poder de, com uma única decisão, mudar a vida das pessoas que estão ao nosso redor.
Poder de, através da força de vontade, lutar para conseguir um futuro melhor para nós mesmos e para nossos filhos, mesmo quando todas as probabilidades dizem o contrário.
Poder de, mesmo com tudo conspirando contra, manter o bom humor e nunca, nunca, jamais desistir.
Tem uma belíssima história chamada “O Menino Que Colecionava Homem-Aranha” onde, o herói visita uma criança que estava sempre lhe escrevendo cartas, leva esta criança para um passeio, com suas teias, revela sua identidade secreta e conta ao garoto sua história.
Até aí, parece uma história qualquer de celebridade com seu fã mas, mais uma vez, somos surpreendidos por uma revelação nas últimas páginas: a criança não estava em um quarto de sua própria casa e sim, em um hospital para crianças com câncer. O desfecho traz um Peter Parker em lagrimas, ao receber a notícia da morte do menino e, descobrimos que, nenhum poder aracnídeo seria capaz de salvar aquela jovem vida mas, a humanidade de um homem comum conseguiu trazer um último momento se conforto para aquele pequeno coração.
Esta é a essência do herói criado para ser o mais humano de todos: mostrar que sim, “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” , e que, a fantasia pode (e deve) nós inspirar a sermos pessoas melhores.
Então meus caros leitores, perdoem se hoje eu fugi da minha própria regra de não misturar meu lado nerd com meu lado escritor, mas nesta data, não teria como não reverenciar esta grande e saudável influência não só em minha vida, mas na de muitas outras ao redor do mundo.
Ele foi criado em 1962, lançado em 10 de agosto e, não sei dizer quando o vi pela primeira vez mas, sei que seu exemplo será eterno e que, onde eu estiver, será sempre minha maior inspiração.
Vida longa ao mais humano e inspirador dos personagens da ficção, até porque infelizmente, a cada dia a realidade traz uma quantidade menor de Peter's Parker’s no mundo.
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